quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Fingi

'' Este poema arrepia-me sempre que o leio, é daquelas coisas que fazemos sem pensar e ficam boas. Comparando o Fingi com a minha vida eu diria que isto é o seu resumo.''

Fingi alegria para chorar
Fingi tristeza para festejar
Fingi amar para esquecer
Fingi viver para morrer
Fingi entrar para sair
Fingi pensar para não sorrir
Pois fingi
Fingi escrever para ser feliz

Arranquei o que era teu

''Escusado será dizer que parece que ando a dormir ultimamente...''

Arranquei o que era teu
Mas não to quis dar
Arranquei o que era meu
Para te poder apagar

Entre ti, entre ele
Não sei quem irei escolher
Pois não existe o que é dele
Mas irá acontecer

Apaguei a tua imagem
No rio sombrio
Esqueci tal miragem
Junto ao leito do rio

Antes que algum de nós por cá morra
Quero te esquecer
Antes que alguém to devolva
Não te quero mais perder

Arranquei a minha dor
E atirei-a então
Apaguei o amor
Do meu negro coração

Lanço-te agora o adeus
De uma ilusão fatal
Não esquecerei momentos teus
Mas não te olharei de forma igual