domingo, 13 de fevereiro de 2011

Devagar

Fui enterrado
Sobre teu adeus
O momento de acabar
Triste eu
Oh triste tu
Devagar
Digo Adeus

Impossível
Retrato de esperança
Onde busco protecção
Como um funeral sem gente
Morre o meu coração

Livre eu
Onde posso ser eu livre?
Quando todo o mundo
Me decide prender
Triste viver

Doce e amargo
O amor que vejo nos altos dias
De frio
Onde colinas, acesas por pares
E eu aqui...
Eu por cá e eu por lá
Ai, adeus
Adeus

Ai, adeus
Ás vozes que oiço
E que marcam sua presença
Sem estar lá qualquer corpo
E imagino surgirem devagar
Numa valsa imaginária
Devagar, amar...

Erros meus
Que eu farei outrora
Que já e penso devagar
Ai, devagar
Aos poucos digo adeus
Devagar,
Amar,
Parar...

Sumo de riquezas
Sonhos meus
Risos atrás de mim
Invejam-me?
Ou me odeiam?
Mas eu vivo
Para o adeus
O adeus!
O nosso Adeus!
Parar
Amar
Devagar...

Devagar
Parar
Adeus
Amar
Devagar...

Devagar, devagar, devagar...

O que o espelho me diz

Agora, cada vez que acordo o espelho goza-me. Veste-me de roupas sujas, de cabelos oleosos cheios de terra, de olhos sem cor...
O espelho troça comigo, replica e bate o pé!! Afirma que sou feio!! Mas ele mente pois pinta uma realidade que apenas que não existe.
Como resposta... atiro-lhe como uma pedra e vingo-me de todas as vezes que ele se riu de mim!!