sábado, 2 de abril de 2011

Sintra

Ai, riachos que correm
Na negra calçada
Matagais que cortam
A respiração em imagens
Quem seria o culpado
De me dar negra sorte?
Sintra és meu pedido
Meu presságio de morte...

Meu amor, pensamento
Onde tudo começou.
Mas por pura ironia
Foi ali onde tudo acabou
Já não te pertenço
Nunca pertenci
Amei, foi um erro
Mas em Sintra rezo
Para apaixonar-me por ti...

Ao voltar, na partida
Encontrei o outro eu
Sentado, vi-o na esquina
Mirando-me entre o breu
E fitava-me deveras
E eu me apaixonava
Mas esse eu não me pertence
Não pertencerá mais!

As ruas sombrias
A estrada deserta
As heras sobem
Na tarde desperta
Ó Sintra
Mais ais
Juntaria a esses sete
Pintava mais pena
Nesse quadro romântico

Mas eu só te quero
Quando em ti estou!
Pois sei que agora
Vivo em demora
Para saber quem sou.

Ó Sintra modesta
Onde se ergueram mouros
Amo-te mais que tudo
És meu paraíso
E sou sortudo
Por saber que és meu lar!

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